A Verdadeira história da Borralheira

Não sei se será da idade e do pré-crescimento pelo qual passamos, mas agora, neste preciso momento/nesta altura, 0 nosso "xico" (nome querido pelo qual tratamos aquelas coisas que nos saem sem querer, ou aquele conjunto de sentimentos para o qual ainda não encontrámos definição) puxa para uma certa seriedade, palavras sérias, rigorosas, nutridas e com muita essência. Talvez seja o Natal, ou simplesmente o espírito de demência e podridão que a malta nova acata hoje em dia. Por isso, vamos falar do AMOR. É mesmo do AMOR maiusculizado e não do simples Amor, ou amor, ou até do "a" mor... Talvez por sermos paranóicos ou mesmo muito bonitos (eh eh) quissemos citar esta grande "Dissertação sobre o AMOR" do Miguel Esteves Cardoso. Fiquem atentos aos próximos episódios, pois não será editado na sua totalidade...No próximo "Post" seguir-se-à a sua continuação...

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática".....

CONTINUA...

Agora era a vez de citar o Jõao Baião mas fica para uma próxima..Boas Continuações e vivam bem..TD!! (S J A)