Numa altura de crise, de instabilidade e metas infindáveis o ser-homem e a ser-mulher tentam sobreviver custosamente às atrocidades diárias com que se deparam. Ora é o apelo de uma nova religião ora é o imposto automóvel que aumenta inevitavelmente. Ora é um qualquer Toni que é espancado mortalmente, ora é um novo-rico a aparecer... Num mundo de guerra, de ironias e de anedotas ambulantes, as pessoas arredam-se de muitos valores, perdem os ideais outrora defendidos, elaboram greves, criticam, somam-se as greves, multiplicam-se as críticas e as pessoas lá se vão esquecendo de que a vista mais baixa da sociedade, com ambições intrínsecas, com ideais aptos e capazes para serem explorados, com saudades do MacGyver, do Michael Knight, noutro tempo seus aliados às sete da manhã, seus aliados nos jogos e nas brincadeiras esperam mais deste mundo. É um pouco por isso, que é difícil olhar pra frente.. e ao contrário daqueles semi-ditados reles que apelam à corrida tresloucada sem nunca revirar os olhos para a retaguarda,(como se atrás de nós viesse um qualquer mata-mouros, ou um adamastor mauzito que quisesse ajustar contas baratas connosco) reviver faz muito bem. Há algum tempo peguei numa daquelas BD antigas e reli as aventuras emocionantes de ratos, vacas, cães e patos que, ao que parece, estão sempre bem-dispostos. Numa dessas secções vinha uma história formidável que tinha como protagonistas as personagens mais estranhas da vida animal, o Mickey e o Pateta. Lá vai o Mickey no seu ar natural com uma má escolha de cores e com o seu ar amaricado e, ao seu lado, seu fiel companheiro Pateta, com um andar muito pouco ortodoxo e com aquela boina à marinheiro. A história é muito bonita, Mickey (chamemos-lhe MC) convida o Pateta (sendo o PP) a olharem para algo e para irem ver esse tal algo. Vemos pela primeira imagem que eles estão na cidade (aquele prédio cor-de-rosa, obra magna dum grande empreiteiro) e , por isso, não é de estranhar que estejam a olhar para uma loja de invenções (a qual não vos poderei mostrar). A primeira impressão que retiramos é que PP conhece bem MC, reparemos no seu caminhar lento e demente à esquerda de MC que, com o seu dedo indicador aponta para algo imperceptível a vós (e também a PP porque vê-se que PP não liga absolutamente nada a MC, contudo eles são amigos, a amizade é o mais importante).
sexta-feira, setembro 08, 2006
Numa altura de crise, de instabilidade e metas infindáveis o ser-homem e a ser-mulher tentam sobreviver custosamente às atrocidades diárias com que se deparam. Ora é o apelo de uma nova religião ora é o imposto automóvel que aumenta inevitavelmente. Ora é um qualquer Toni que é espancado mortalmente, ora é um novo-rico a aparecer... Num mundo de guerra, de ironias e de anedotas ambulantes, as pessoas arredam-se de muitos valores, perdem os ideais outrora defendidos, elaboram greves, criticam, somam-se as greves, multiplicam-se as críticas e as pessoas lá se vão esquecendo de que a vista mais baixa da sociedade, com ambições intrínsecas, com ideais aptos e capazes para serem explorados, com saudades do MacGyver, do Michael Knight, noutro tempo seus aliados às sete da manhã, seus aliados nos jogos e nas brincadeiras esperam mais deste mundo. É um pouco por isso, que é difícil olhar pra frente.. e ao contrário daqueles semi-ditados reles que apelam à corrida tresloucada sem nunca revirar os olhos para a retaguarda,(como se atrás de nós viesse um qualquer mata-mouros, ou um adamastor mauzito que quisesse ajustar contas baratas connosco) reviver faz muito bem. Há algum tempo peguei numa daquelas BD antigas e reli as aventuras emocionantes de ratos, vacas, cães e patos que, ao que parece, estão sempre bem-dispostos. Numa dessas secções vinha uma história formidável que tinha como protagonistas as personagens mais estranhas da vida animal, o Mickey e o Pateta. Lá vai o Mickey no seu ar natural com uma má escolha de cores e com o seu ar amaricado e, ao seu lado, seu fiel companheiro Pateta, com um andar muito pouco ortodoxo e com aquela boina à marinheiro. A história é muito bonita, Mickey (chamemos-lhe MC) convida o Pateta (sendo o PP) a olharem para algo e para irem ver esse tal algo. Vemos pela primeira imagem que eles estão na cidade (aquele prédio cor-de-rosa, obra magna dum grande empreiteiro) e , por isso, não é de estranhar que estejam a olhar para uma loja de invenções (a qual não vos poderei mostrar). A primeira impressão que retiramos é que PP conhece bem MC, reparemos no seu caminhar lento e demente à esquerda de MC que, com o seu dedo indicador aponta para algo imperceptível a vós (e também a PP porque vê-se que PP não liga absolutamente nada a MC, contudo eles são amigos, a amizade é o mais importante).
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